Acordando

Acordo

O dia claro vai vencendo o sono,
Aos poucos, quebra a monotonia.
A vida estérea soa em canal mono.
Não se ouve ainda sua sinfonia.

Há lusco-fusco. Vê-se pouca cor.
Contudo a vida corre aos borbotões
E nela surgem, seja onde for,
Normais e inusitadas situações.

Pondere: quantos estão cochilando
No trem, no ônibus e no metrô!
Se o telefone toca, vão tateando
Até encontrá-lo dizendo: “Alô!”

Também há gente indo trabalhar,
Ou para o médico atrás de saúde.
Há rosto alegre, rosto com pesar,
Rosto clamando: “Por favor, me ajude!”

A noite há pouco se foi. É manhã.
Agora o sol, já forte, alumia.
Há gente triste, com frio e sem lã,
E há gente transbordando energia.

Há os que dizem: que droga essa vida!
E os que falam: como a vida é boa!
Em cada um, a música escolhida
Toca em si e nos outros ressoa.

Então, quem sempre está de má veneta
E para os outros nem está aí,
Esparze o mal no ar, pelo planeta,
E não o guarda apenas para si.

Que tal marcar seu dia com as cores
Do bem-estar, dos gestos de grandeza?
Acorde, pois, com olhos nos valores,
E enxergue as cores do bem e da beleza.

Já de manhã é hora de vencer!
A noite foi-se. Invista seu suor
Em ver o sol da vida resplender
E iluminar você e o seu redor.

Post anterior
Mudar o Possível
Próximo post
Como Controlar suas Reações
expand_less